Muito se tem falado de novos meios de transporte, mais ecológicos, menos poluidores e mais eficientes. O tema tem estado na ordem do dia, não só devido ao debate em torno da construção do novo aeroporto do Montijo, mas também pelo atual estado de degradação das embarcações que fazem a travessia em quase todos os grandes rios que temos – Tejo, Douro, Minho, etc.
Na nossa modesta opinião, uma frota de embarcações elétricas seria a opção ideal para servir o novo aeroporto e para renovar as carreiras que, diariamente, transportam milhares de pessoas entre as duas margens dos rios.
Porquê a opção por embarcações elétricas?
As embarcações elétricas têm vantagens assumidas relativamente a outro tipo de barcos, movidos a outros géneros de combustíveis. Entre as mais relevantes, destacam-se, naturalmente, a economia. As embarcações elétricas são extremamente eficientes e permitem economias significativas no consumo de combustível e dos custos de manutenção.
Além disso, se tiver ainda a ajuda da energia solar, não polui, ao contrário de outras opções, como o gás natural que, embora possa ter vantagens relativamente ao gasóleo – combustível atualmente usado na maioria das embarcações, ainda tem uma pegada ecológica elevada.
O futuro passa por embarcações elétricas com apoio solar.
Para além da economia e da ecologia, este tipo de embarcações têm bastante autonomia e permitem o transporte de quantidades significativas de passageiros. As embarcações elétricas de passageiros e de viaturas, são já uma tendência em vários países europeus.
Em Portugal, para a travessia do Tejo, foi inicialmente aberto um concurso para o fornecimento de novas embarcações de passageiros movidas a gás natural. Um dos combustíveis que o próprio relatório recente da OCDE define como a substituir rapidamente, propondo medidas drásticas para a redução do seu consumo.
Ainda bem que o concurso foi anulado e substituído pelo fornecimento de embarcações elétricas. Demonstra que finalmente se está no bom caminho e fomos a tempo de emendar o erro.
Está na altura de se começar a substituir as frotas de embarcações ainda existentes, algumas com dezenas de anos, com péssimas condições de conforto e, naturalmente pela idade e uso de tecnologia mais que ultrapassada, muitíssimo poluentes. Desconforto, ruído, fumo, é essencialmente o que oferecem diariamente a quem tem, malogradamente, de os utilizar.
O caminho é inevitável e temos todas as condições e apoios para iniciar a mudança.
Temos empresas nacionais com a tecnologia e o saber necessários para, em conjunto, podermos fazer a diferença e mostrar de novo ao mundo do que realmente somos capazes.
Será que é desta?